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7 mitos sobre a vida digital de idosos

adultos digitales

América Latina. A divisão digital afeta especialmente as pessoas mais velhas, o que muitas vezes sugere que elas não têm vida digital. Agora, você só tem que sair ou pegar o transporte público para ver como essa percepção é um estereótipo.

As práticas digitais na velhice são ricas e diversas, como mostra um número crescente de estudos. Os especialistas do grupo de pesquisa Redes de Comunicação & Mudança Social (CNSC) do Instituto Interdisciplinar da Internet (IN3) da Universidade Aberta da Catalunha (UOC) Mireia Fernández-Ardèvol e Andrea Rosales analisaram dados sobre o uso do celular inteligente dos idosos.

O estudo conclui que metade dos acessos no celular dos idosos que participaram do estudo correspondem a ligações (incluindo aquelas feitas com WhatsApp e Telegram) e mensagens instantâneas. Quanto à popularidade dos aplicativos, o WhatsApp ocupa predominantemente a primeira posição. Na segunda posição, identifica-se diferenças de uso entre pessoas mais jovens e idosos neste estudo: enquanto o Facebook é o segundo aplicativo mais popular entre aqueles com 60 e 69 anos, o Gmail está entre os 70 e 79 anos. Da mesma forma, a análise permitiu desmantelar sete mitos sobre o uso de TIC entre pessoas mais velhas.

Os especialistas, no âmbito do projeto BConnect@Home: Conectado em casa: O uso de tecnologias digitais entre idosos, têm estudado a atividade dos celulares de 300 usuários entre 60 e 79 anos durante quatro semanas (entre fevereiro e maio de 2019). Para medir os usos do celular, o estudo organizou as aplicações em torno de 12 categorias e mediu seu uso de acordo com o número de acessos durante o período observado (800.000 registros no total).

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Chamadas, mensagens e redes sociais, principais razões para o uso do celular inteligente
As comunicações interpessoais e a vida social são elementos-chave da atividade móvel, uma vez que as duas categorias mais relevantes são chamadas e mensagens, que representam metade dos acessos no celular e incluem desde chamadas de voz até aplicativos como WhatsApp e Telegram, e redes sociais online, como Facebook ou Twitter.

"É interessante que a categoria de imagem, áudio e vídeo seja a terceira em importância. Inclui a criação, compartilhamento e consumo de fotografias, vídeos e áudios. Em posições menos proeminentes estão jogos e jogos de azar (4ª posição), como Candy Crush (jogo) ou Bilionário (jogo); aplicativos de compras online (6º lugar), como a Amazon, ou aplicativos de saúde e bem-estar (7º lugar), por exemplo, Fitbit.

Outra forma de medir o uso é analisando a distribuição de acessos ao longo do dia. Em primeiro lugar, observa-se um uso maior durante o dia do que durante a noite. Os usos sociais do tempo se refletem nos usos do celular, que aumentam a partir das 7h ou 8h da manhã e caem a partir das 20h. A atividade dos mais jovens (60-69 anos) e os mais velhos (70-79 anos) é praticamente a mesma ao longo do dia. "As diretrizes são semelhantes e nenhum dos grupos fica acima (ou abaixo) do outro permanentemente", diz Rosales.

Embora os padrões gerais de uso ao longo do dia sejam semelhantes ao longo da amostra, as diferenças no uso de aplicações relacionadas à idade são observadas. Entre as pessoas mais jovens do estudo (60-69 anos), o aplicativo mais popular é o WhatsApp, seguido pelo Facebook. O Gmail está em quarto lugar. Entre o grupo mais antigo (70-79), enquanto o WhatsApp continua sendo o mais popular, o segundo mais popular é o Gmail, e o terceiro, o Facebook. Por fim, o Instagram e a câmera do celular parecem estar associados à idade, já que entre os doze aplicativos mais usados pelo mais novo (60-69 anos) está o Instagram, mas não a câmera. E é justamente o oposto no grupo mais antigo (70-79 anos).

7 mitos sobre os usos das TIC

"Os resultados obtidos neste estudo nos permitem questionar alguns mitos que, se em algum momento forem verdadeiros, são cada vez menos", adverte Fernández-Ardèvol. Os especialistas da UOC refutam sete falsas crenças:

1. A condição médica define a vida dos idosos e, portanto, também determina seus interesses digitais. O estudo revela que o celular é usado principalmente para socializar e tirar fotos, enquanto a categoria saúde e bem-estar ocupa apenas a sétima posição, de um total de doze categorias.

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2. Pessoas mais velhas não brincam em ambientes digitais. Como os dados mostram, jogos e jogos de azar são a quarta categoria mais utilizada de aplicativos móveis, à frente de notícias e consultas de mídia (5º lugar) ou aplicativos meteorológicos (11º lugar).

3. As pessoas mais velhas são estranhas à tecnologia digital. Uma falsa crença, dado que o uso do celular é distribuído ao longo do dia e da noite e responde a vários usos.

4. Os idosos não sabem se relacionar com a tecnologia. O estudo revela uma evidência diferente: os idosos usam seus celulares todos os dias, em diferentes horários do dia e para diferentes atividades.

5. O uso de celular diminui à medida que envelhecemos. Os dados desmontam essa afirmação. O uso diurno é semelhante na coorte mais jovem (60-69 anos) e na coorte mais antiga (70-79 anos).

6. O rótulo "idosos" qualifica um grupo populacional homogêneo e, portanto, não é necessário analisar as diferentes faixas etárias que o constituem. Pesquisas identificaram que o uso de aplicativos móveis muda com a idade. A variedade de usos encontrados justifica a necessidade de análises detalhadas para entender a diversidade de interesses e necessidades digitais ao longo da velhice.

7. Devido à divisão digital, não há nada a aprender com os usos digitais das pessoas mais velhas. Quando os idosos têm acesso à internet, seu uso é semelhante ao da população adulta. Os dados mostram que a população de idosos tem características próprias que variam com a idade. Portanto, não é correto extrapolar os resultados dos segmentos de idade, pois em cada período da vida as pessoas têm interesses e necessidades diferentes (digitais).

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A pesquisa foi realizada em quatro países (Canadá, Espanha, Holanda e Suécia).

Richard Santa, RAVT
Richard Santa, RAVTEmail: [email protected]
Editor
Periodista de la Universidad de Antioquia (2010), con experiencia en temas sobre tecnología y economía. Editor de las revistas TVyVideo+Radio y AVI Latinoamérica. Coordinador académico de TecnoTelevisión&Radio.


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