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O usuário também deve se envolver

altA AVI Latin America participou da versão mais recente da InfoComm e aproveitou para falar com vários representantes do mercado latino e fazer algumas comparações com sua contraparte americana. Latinos não se sentem desfavorecidos.

Por Julián Arcila


Se algo poderia ser evidenciado durante a última versão do InfoComm, realizada em Las Vegas entre 8 e 11 de junho, é cada vez mais importante que o usuário final esteja envolvido nos projetos, tudo para evitar mal-entendidos no processo de negociação, mas também para entender melhor a tecnologia que eles vão adquirir.

O acima foi quase unânime que foi apresentado nas entrevistas realizadas pela AVI LATINOAMÉRICA com cinco dos mais reconhecidos integradores latinos, que consideraram de extrema importância que seu cliente esteja melhor preparado para que ele não acabe comprando a primeira coisa que oferece, fato que na maioria dos casos resulta na realização de novos investimentos, uma vez que o que foi inicialmente instalado não necessariamente respondeu às necessidades que a empresa tinha.

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Mas o InfoComm 2010 também foi uma vitrine interessante que serviu para entender quem são, hoje, os segmentos que estão alocando mais dinheiro para a compra de tecnologia, mas também como estão gastando seus recursos. Telepresença parece ser o atual vencedor.

EUA vs. América Latina
O grupo latino-americano da InfoComm é atualmente algo semelhante a uma fraternidade; todo mundo já se conhece e, na verdade, a maioria deles tem assistido a esta exposição por um longo tempo. Com base nesse aspecto, a AVI queria saber quais são as principais diferenças que alguns de seus membros encontram entre os mercados latino e norte-americano.

Neste ponto a América Latina ganha em alguns, mas perde em outros. Em algumas questões há semelhanças, mas em outras grandes diferenças.

Onde a América Latina racha e é talvez o que faz a grande diferença em relação ao mercado norte-americano está na disponibilidade de recursos ou orçamento para executar grandes obras. Mas também o foco na tecnologia IP, algo que no momento é complicado de pensar em nossas latitudes.

Nelson Javier Canter, da empresa colombiana SoundDesign LTDA, referia-se especificamente ao fator orçamentário. "A grande diferença que eu vejo é o orçamento. Em alguns casos, embora não todos. Há também diferenças no conhecimento dos produtos e soluções necessárias para as aplicações que podem ser realizadas", explicou. No entanto, onde, em sua opinião, pode haver semelhanças na forma como os mercados são segmentados.

Frank Barreto, gerente geral da Auvision Venezuelana, enfatizou a questão do PI. Ele assegurou que a diferença mais clara que ele percebe é a abordagem para tal plataforma. "Os americanos estão indo em direção a ela de uma maneira muito confiante porque sabem que a plataforma é robusta e pode suportar muitas coisas interessantes e um nível bastante alto de qualidade", disse ele. Em contrapartida, ele citou o caso latino, onde o mercado de IP ainda é fraco, principalmente por fatores como o preço, o que obriga muitas empresas a serem capazes de implementar soluções baseadas nessa modalidade.



Especializar ou ser polifuncional?
Mas outra das diferenças que, sem dúvida, ocorrem entre os mercados dos EUA e da América Latina é a especialização. Enquanto no primeiro o integrador, dado o volume e a demanda, pode se dar ao luxo de se especializar, no segundo os contratados acabam sendo mais multifuncionais e trabalhando em praticamente qualquer projeto.

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Na InfoComm pode-se sentir que educação, comercial e corporativo são os segmentos que estão liderando o investimento em tecnologia audiovisual e, em contrapartida, as grandes empresas produtoras de tecnologia estão desenvolvendo seu portfólio para atender às necessidades desses mercados.

Diante desse cenário, devemos nos perguntar o quanto a América Latina absorverá essas tendências do mercado norte-americano. Algo claro é que pelo menos os integradores latinos não foram lançados especificamente para atacar esses segmentos, embora pareçam ser uma fonte segura de negócios.

Por exemplo, Javier Villalobos, da Home Office Technologies, da Costa Rica, disse que o mercado de seu país é muito semelhante ao norte-americano e que em ambas as praticamente as mesmas soluções são consumidas, mas que a diferença é que em solo "tico" existem empresas muito burocráticas que atrasam muito a tomada de decisões, o que tem sido diminuído pelo advento das MEEs, que consomem tecnologia sem atrasar muito o processo.

Carlos de Elías, gerente do Congresso Aluguel, na Argentina, concordou com o fato de que talvez os integradores latinos não aproveitem muito essas tendências, mas acredita que a razão é que nos Estados Unidos há um forte investimento público em educação, algo que ainda não acontece na América Latina.

Para Alfonso Vergara, presidente da VideoCorp, do Chile, a verdade é que talvez as vantagens oferecidas por esses nichos ainda não tenham sido aproveitadas, mas que a realidade é que os integradores respondem ao invés das necessidades de um mercado e tentam oferecer as soluções que os satisfazem.

Mais do que sinalização digital
Mas além de entender os mercados, esse meio também foi capaz de saber quais são as tendências tecnológicas do momento. Há cerca de dois anos o setor de vídeo vem dominando a indústria, graças à conhecida batalha entre LCD, plasma e LED. Isso, sem dúvida, abriu as portas para aplicações voltadas para os segmentos acima mencionados, e entre elas temos que falar sobre 3D, sinalização digital e telepresença.

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O 3D vem crescendo exponencialmente lado a lado com o desenvolvimento de aplicações para o consumidor eletrônico, enquanto a presença da tele vem desenvolvendo cada vez mais soluções para diversos segmentos, especialmente a corporativa, que tem sido promovida como alternativa para viagens de negócios agora que as passagens aéreas são tão caras.

Levando-se em conta essas tendências, esse meio queria obter algumas opiniões sobre a penetração que essas tecnologias estão tendo na América Latina. No geral, as empresas entrevistadas pelo editor concordaram que pelo menos a telepresença e a sinalização digital são nichos com fortes possibilidades na região.

Frank Barreto, da Venezuela, disse que a teleconferência, que evolui a teleconferência, tem muitas possibilidades de negócios na região, principalmente em segmentos como corporativo ou médico. A sinalização digital, segundo ele, também tem oportunidades apesar das restrições de mercado. Sobre outras tecnologias, ele comentou: "Existem muitas empresas que agora estão se envolvendo no Web Streaming, que é a distribuição de conteúdo pela rede. As grandes empresas do setor antes não se envolveram, mas quando viram a oportunidade de negócio se envolveram. Este aplicativo tem um mercado muito interessante."

Carlos de Elías, da Argentina, concorda com as avaliações de Barreto sobre o desempenho dessas duas tecnologias. "Sinalização Digital ou distribuição de conteúdo em formato digital já estamos usando em alguns eventos e a verdade é que é uma ferramenta fantástica. A telepresença é a estrela do momento. Seu crescimento é algo evidente e acredito que, como solução, ampliará o ambiente de negócios. Talvez em algum momento ele substitua alguma viagem de negócios, mas acho que o que ele vai fazer é complementar", disse ele.

O InfoComm terminou e a sensação que ficou é que, embora no mercado americano você possa ter mais recursos e acesso à informação, o Latino é bastante recursivo e flexível. Há várias questões no pipeline e talvez a mais importante delas seja começar a avaliar novas possibilidades de negócios em setores verticais, embora a tendência nessa região esteja sempre inclinada para o geral.

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Vozes sobre o InfoComm
No início do último dia da InfoComm 2010, foi organizado um café da manhã no qual os membros do grupo latino da instituição participaram. A AVI LATINOAMÉRICA aproveitou o palco para conhecer as opiniões que os convidados tinham sobre essa convenção reconhecida e os resultados obtidos ao participar dela. Aqui estão algumas das impressões:

"A InfoComm é um cenário que oferece inovação suficiente para fazer a viagem valer a pena", Nelson Canter, SoundDigital Ltda. (Colômbia).

"O InfoComm é uma exposição em que se vive um processo evolutivo, no qual melhorias e mudanças são sempre observadas nas soluções exibidas no ano anterior", Frank Barreto, da Auvision (Venezuela)

"O InfoComm sempre foi uma boa vitrine nas áreas de exibição e comunicação", Alfonso Vergara, da VideoCorp (Chile).

"O InfoComm é um ponto de encontro muito importante, e está na agenda anual dos gestores de empresas nessa área. Do ponto de vista do conteúdo, ou seja, como palco para conhecer novos fornecedores e ter reuniões, achei bastante valioso", Carlos de Elías, do CongressoRental (Argentina).

Richard Santa, RAVT
Richard Santa, RAVTEmail: [email protected]
Editor
Periodista de la Universidad de Antioquia (2010), con experiencia en temas sobre tecnología y economía. Editor de las revistas TVyVideo+Radio y AVI Latinoamérica. Coordinador académico de TecnoTelevisión&Radio.


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