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Iluminação de dentro para fora

Os desafios e dificuldades que surgem ao fazer uma instalação para um evento ao ar livre podem ser facilmente resolvidos com um bom planejamento e o apoio de equipamentos projetados para trabalhar nessas condições.

Por Alejandra García Vélez

Sol, vento e chuva podem se tornar os piores inimigos ao fazer uma instalação para um evento ao ar livre. Por isso, é importante ter um planejamento adequado que leve em conta os fatores externos que podem afetar a instalação, bem como o uso de equipamentos otimizados para esse tipo de situação.

Jorge Orillac Martinelli, diretor de marketing para a América Latina da Lutron Electronics, e José Silvio Capuzzi, diretor do Light System, conversaram com a AVI LATINOAMÉRICA e compartilharam conosco algumas orientações para o sucesso da iluminação de um show ao ar livre.

O executivo da Lutron recomenda integrar diversas estratégias de iluminação que proporcionam flexibilidade de integração com novas tecnologias, ao mesmo tempo em que aumenta a economia de energia. Lembre-se também que, como a intensidade da iluminação depende das horas do dia e da luz solar, é aconselhável instalar controles automáticos para as luzes.

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As luzes também devem ter controles individuais, seja por controle remoto ou com atenuadores locais, que permitem que sejam adaptados às necessidades de cada evento. O tamanho do ambiente é outro fator importante a ser avaliado.

Por sua vez, Capuzzi ressaltou que o acesso ao local, a proteção dos equipamentos e a segurança elétrica devem ser sempre mantidos em mente. No primeiro aspecto pode haver benefícios como resultado do evento ser ao ar livre, por exemplo, essa circunstância pode facilitar o acesso de fornecedores para o descarregamento de equipamentos, mas em outros o transporte pode ser complicado pelas condições do terreno (pântano, areia, etc.).

Deve-se tomar cuidado especial com a parte elétrica, o sistema de distribuição (fiação) e a segurança, tanto das estruturas de montagem quanto da elétrica. "É de vital importância fornecer um aterramento eficaz e garantir a proteção de todo o sistema com disjuntores. Todos os riscos possíveis devem ser previstos contemplando umidade, anvalho e chuva", disse Capuzzi.

De equipamentos e dificuldades
Quanto ao equipamento, a primeira condição que dita o tipo de dispositivos a serem utilizados é a necessidade de gerenciar a intensidade da iluminação; devido à própria natureza dos eventos ao ar livre, as tecnologias devem ser combinadas para serem atenuadas em diferentes níveis à medida que o evento progride.

"O ideal é ter um sistema de controle que permita monitorar e ajustar a iluminação a partir de um sistema central, para que o produtor de iluminação do evento possa criar diferentes cenários de iluminação de forma fácil e confortável", explicou o executivo da Lutron.

Nesse sentido, ele destacou o uso de relógios astronômicos, "estes permitem calcular os horários da luz natural para serem capazes de diminuir as luzes à medida que mais ou menos iluminação artificial é necessária".


Capuzzi ressalta que o mais importante é tomar medidas para proteger o equipamento da umidade. Além disso, ele acrescentou que "ultimamente as luminárias do tipo LED estão sendo impostas ao mercado que são resistentes ao intemperamento e substituem com melhorias importantes nas luminárias tradicionais. Já existe uma oferta de Pair Led, flashes, mega flashes, blinder, maiôs, barras inteligentes e sistemas laser muito poderosos e compactos".

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Também enfatiza que uma das desvantagens mais comuns são os cortes produzidos pelos disjuntores elétricos; "Enquanto elas estão lá para proteger as pessoas, elas são muito sensíveis e são afetadas em seu funcionamento por fatores como o devassor e a chuva. Felizmente, há disjuntores específicos no mercado preparados para evitar esses pequenos picos de tensão", explicou.

Outro aspecto a ser seguido é o rápido desgaste sofrido por equipamentos usados ao ar livre. Nesse sentido, destaca-se o uso de tecnologias que permitem minimizar a tensão exercida nas luzes quando elas estão acesas para garantir que elas durem mais tempo e exijam menos manutenção.

Estudo de caso
O Estádio Omnilife, em Guadalajará, México, é considerado um dos mais modernos do mundo e o primeiro totalmente automatizado da América Latina. Nela, a Lutron Electronics instalou seus sistemas de iluminação integrando estratégias sustentáveis e de controle para economia de energia.

Os equipamentos utilizados no estádio tiveram que ser otimizados para funcionar de forma constante ao longo do ano; porque além das partidas de futebol, esta etapa foi planejada para apresentar diferentes tipos de shows.

"Devido à grande magnitude do projeto e levando em conta que as diferentes áreas do estádio, como a quadra, a iluminação arquitetônica e as áreas externas, devem ter diferentes níveis de iluminação o tempo todo e em cada um dos eventos, instalamos equipamentos com características muito específicas", explicou o funcionário da Lutron.

Especificamente, o sistema centralizado Grafik 7000™ foi instalado para controlar 96 placas de iluminação automatizadas do tipo XP SoftSwitch, 1600 circuitos, 900 zonas e, 426 estações de parede NTOMX2B que permitem criar diferentes cenários, como a preparação da quadra, os períodos de acesso, o pré-evento, o evento, o meio-tempo, o pós-jogo, a saída do simultâneo, a limpeza e fechamento do estádio.
"A importância de poder criar esse grande número de cenários é que o estádio nunca estará ligado em sua totalidade, mas apenas nas áreas que precisam, representando uma grande economia de energia", disse Orillac Martinelli.

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Lutron também desenvolveu a instalação do parque temático Legoland na cidade de Günzburg, Alemanha, neste caso foram instalados sistemas de controle de iluminação Grafik 5000™ que controlam a iluminação ao ar livre do parque por meio de relógios astronômicos.
Esses dispositivos utilizam a latitude e a longitude da localização do espaço para serem iluminados para calcular tanto o nascer do sol quanto o pôr do sol, levando em conta também o horário de verão, se usado. Além disso, esses sistemas fazem com que os sensores de luz se ajustem às condições do outono e inverno quando esses climas apresentam muitos dias nublados, assim como neblina e neve.

Por fim, Orillac Martinelli acredita que "quando um projeto é proposto, é importante integrar estratégias e soluções que ajudem a criar cenários de iluminação e oferecer a possibilidade de controlar os diferentes espaços de um único sistema".

 

Richard Santa, RAVT
Richard Santa, RAVTEmail: [email protected]
Editor
Periodista de la Universidad de Antioquia (2010), con experiencia en temas sobre tecnología y economía. Editor de las revistas TVyVideo+Radio y AVI Latinoamérica. Coordinador académico de TecnoTelevisión&Radio.


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