Displays visuais e telas LED são expostos a possíveis hacks, ou melhor, os computadores que controlam as telas são; não em troca de dinheiro, mas pode nos fazer tomar uma bebida ruim com a modificação temporária do conteúdo indesejado.
Adrian Morel
Parece que os ataques cibernéticos ou a intrusão de hackers em sistemas de computador é o novo "modus operandi" dos tempos modernos.
As modalidades são as mais variadas, alguns pedem dinheiro em troca da liberação dos dados ou blocos capturados, outros fazem transferências bancárias secretas, há também a manipulação dos eleitores e, finalmente, vemos a intrusão em redes de linha ou WiFi modificando conteúdos em displays visuais.
Os agentes ou "vírus" autores de tal ato criminoso, têm diferentes formas e nomes, entre eles temos os "pishings", os "Troianos", os "ramsonwares", "PETYA", etc. Todos eles têm a função de inserir dispositivos de computador e modificar a programação operacional, deixando-a sob o controle absoluto do agente intruso.
Em dezembro de 2016, um dos escândalos mais notórios foi a eleição presidencial dos Estados Unidos da América, onde na disputa entre os candidatos Donald Trump e Hillary Clinton, houve rumores de ataques de programadores russos dentro do sistema de votação eleitoral, com a intenção de modificar votos.
Em maio de 2017, um vírus ramsonware chamado "wannacry" afetou mais de 200.000 computadores em 150 países. Esses vírus são uma variante do "PETYA" e servem a três objetivos. Primeiro: infectar arquivos. Segundo: criptografa-os. Terceiro: bloqueia seu acesso. Este ataque teve como alvo o popular software operacional ucraniano "MeDoc" aproveitando suas atualizações.
Em junho deste mesmo ano, empresas da Ucrânia e da Rússia, como a petrolífera Rosneft, a transportadora marítima dinamarquesa Maersk, o grupo de publicidade britânico WPP, também sofreram ataques semelhantes onde hackers solicitaram uma quantia de US$ 300 em bitcoin para a divulgação dos dados.
Hoje em dia os hackers têm acesso a qualquer tipo de sistema, não só de empresas, mas também de redes pertencentes a governos com sistemas de segurança máxima.
O que é ramsonware?
É um código de programação que restringe o acesso de alguns arquivos criptografando-os, pedindo um resgate em troca de liberação. É transmitido como um verme ou um troiano. Afeta computadores corporativos e pessoais sob a variante chamada "Locky" que é um vírus de Trojan que é recebido por e-mail. Outras variantes do ramoneare são o cryptowall4, PadCrypt e Fakben.
Esses vírus parecem atacar com mais frequência os sistemas operacionais Windows, de atualização automática como a Janela 10 ou a Janela 8, 8.1 de atualização manual.
Hackeando telas LED
Houve inúmeras invasões a telas de LED ou displays visuais na Índia (2005), Bulgária (2007), Alemanha (2007), Irã (2007), Los Angeles-Califórnia (2008), Reino Unido (2008), Croácia (2208), MIT University (2008). 2009), Tucson-Arizona (2009), Nova York (2009), Hampshire-UK (2009), Moscou (2010), Parlamento da Indonésia (2010), Argentina (2017), mas em todos esses ataques eles não pediram dinheiro em troca, em vez disso, eles modificaram o conteúdo para fins de propaganda.
Hackear qualquer display visual é possível, para isso devemos identificar a "frequência e formato" do sinal de streaming.
Hoje temos dispositivos eletrônicos que podem capturar pacotes de dados de uma rede, recuperá-los e analisar o tipo de "codificação". Esses dispositivos podem abrir chaves ou senhas de sistemas sem fio de 802.11 sistemas WEP, WPA-PSK das plataformas Windows, Linux, OSx, BSD e Solaris.
Conclusões
Displays visuais e telas LED são expostos a possíveis hacks, ou melhor, os computadores que controlam as telas são. As telas para eventos que são controlados por sistemas "autônomos" ou "console" não terão um problema de intrusão, mas aqueles sistemas visuais em rede para vias públicas e que são alimentados via WiFi ou Micro-ondas, correm o risco de serem interceptados, não em troca de dinheiro, mas podem nos fazer tomar uma bebida ruim com a modificação temporária de conteúdo indesejado.
*Adrian Morel é consultor com 20 anos de experiência no Vale do Silício, Califórnia e pode ser contatado em: [email protected]
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