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Crise de oferta afetará Black Friday

black friday

América Latina. Depois de um ano pandêmico e outra restrição arrastada, esta Black Friday e a futura campanha de Natal foram ansiosamente aguardadas, tanto por consumidores quanto por vendedores, mas a crise da oferta reduziu as expectativas.

"O aumento das possibilidades de poupança das famílias devido ao confinamento e o desejo de gastar depois de tanta restrição são bons dados para esta campanha", disse Neus Soler, professor colaborador de economia e estudos de negócios na Universidade Aberta da Catalunha (UOC), especialista em consumo e marketing. Nesse sentido, "a motivação das famílias para comprar e consumir, a economia arrecadada durante o período pandemia e o aumento previsível do preço médio dos produtos devido à crise da oferta nos fazem estimar que a despesa média será 20% maior do que na campanha anterior", explicou Soler.

Para Soler, a intenção de compra não será afetada, mas a experiência será afetada. "O consumidor vai adiantar suas compras de Natal para esse período diante da crise de oferta para não ficar sem estoque, em vez de esperar pela campanha de Natal, pois esperar não garante que finalmente vai conseguir o produto", explicou o especialista.

Menos produtos, menos descontos
"Estamos acostumados a ver uma infinidade de produtos com vendas muito atraentes, mas devemos ter em mente que eles serão um Natal atípico e não teremos a mesma variedade de produtos ou descontos aos quais estamos acostumados; na verdade, os preços podem subir", disse Cristian Castillo, professor de Economia e Estudos de Negócios da UOC, especialista em logística. De acordo com o Google, 25% dos latino-americanos começam a procurar os produtos de seu interesse entre 2 e 3 meses antes da temporada de descontos, no entanto, essas promoções são um fator-chave em sua compra e condicionam sua decisão final à qualidade e quantidade de ofertas que recebem.

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"Estamos em uma situação sem precedentes de escassez global e estamos arrastando-a há um ano", alertou Castillo. Segundo o especialista, essa situação ocorreu principalmente por três razões principais: a primeira, o gargalo da produção pós-pandemia: "O efeito do COVID-19 significou uma parada para a indústria e sua produção, e agora que a economia foi revivida, as fábricas não são capazes de reativar sua fabricação no mesmo grau que a demanda, e é por isso que não há estoque", explicou.

Por outro lado, a escassez de contêineres: "Durante o COVID-19, muitos dos contêineres que chegaram não foram devolvidos no momento, então, neste momento, quando tentamos reativar os embarques, descobrimos que não há contêineres vazios para essa demanda ou que eles estão em portos localizados na Europa ou na América onde esses embarques não são feitos", Castillo, também pesquisador do grupo de Sustentabilidade e Gestão (SUMA) da UOC, disse. Hoje, o preço desses contêineres aumentou dez vezes, de US$ 2.000 para US$ 20.000.

E três, a estratégia geopolítica da gigante chinesa: "A China acumulou matérias-primas, como plásticos, madeira ou semicondutores, para garantir seu próprio suprimento, e isso está fazendo com que outros países tenham problemas para que essa matéria-prima chegue a eles", explica o especialista.

Uma Black Friday mais cara
Somando tudo isso, espera-se que esta Black Friday fique mais cara de acordo com o produto e que haverá menos descontos do que em tempos anteriores. "Saindo da crise do COVID-19, as empresas assumiram as despesas para reativar o consumo, mas depois de um ano, e com os preços de distribuição subindo, é claro que não podem assumir esse custo. Se, além disso, somarmos o aumento do preço da eletricidade ou dos combustíveis, isso acaba impactando no produto final e nos consumidores, já que o preço dos produtos sobe", diz Castillo. O fim também não é muito animador, pelo menos no curto prazo: "Até o final de 2022, especialmente dependendo de como a pandemia evolui, não poderemos sair dessa grave crise", alerta o especialista.

A vitrine digital continua triunfando
Algo que não parece mudar nem nesta Black Friday nem na campanha de Natal é o canal online como preferência. "A permanência do medo do contágio, de que as vendas presenciais ainda não oferecem a experiência de compra que poderia oferecer antes da pandemia e que as lojas online aplicam estratégias de vendas convincentes (por exemplo, frete grátis) fará com que essa campanha se concentre no canal online", explicou Soler.

"Os produtos tecnológicos ainda estão no topo do ranking de vendas das empresas. Sendo produtos geralmente de alto valor, é atrativo comprá-los na Black Friday, aproveitando o desconto", disse Soler. "Precisamente a escassez de semicondutores vai aumentar os preços de produção de produtos tecnológicos. Normalmente, as empresas de tecnologia aproveitariam o lançamento de novos modelos para reduzir os desatualizados e se livrar do estoque acumulado. No entanto, as dificuldades na produção podem atrasar os lançamentos e manter modelos antigos com descontos moderados", explicou Eduard Àlvarez, também professor do grupo de pesquisa Economia e Estudos de Negócios da UOC e membro do grupo de pesquisa Sustentabilidade e Gestão (SUMA).

De acordo com o relatório Black Friday 2021 da Webloyalty, haverá um aumento de 139% nas compras em relação à semana anterior. No entanto, para Àlvarez, uma racionalização no consumo também não seria tão negativa: "Que haja menos consumo ou consumo mais responsável, no sentido de adquirir apenas aqueles produtos que são realmente necessários, não acho que seja uma dinâmica ruim, pelo menos por algum tempo, parar esse comportamento consumista tão insustentável".

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Análise realizada pela Universidade Aberta da Catalunha, UOC.

Richard Santa, RAVT
Richard Santa, RAVTEmail: [email protected]
Editor
Periodista de la Universidad de Antioquia (2010), con experiencia en temas sobre tecnología y economía. Editor de las revistas TVyVideo+Radio y AVI Latinoamérica. Coordinador académico de TecnoTelevisión&Radio.


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