A Colômbia. O Ministério da Saúde da Colômbia emitiu a Resolução 777 de 2021, pela qual estabelece os protocolos para a reativação social, econômica e cultural a partir de 8 de junho, que inclui as diretrizes para a reativação de eventos ao vivo.
"Isso muda todas as medidas de forma importante que foram executadas até agora", disse o ministro Fernando Ruiz Gómez, acrescentando que entre as principais modificações está a eliminação da exigência do CoronApp para voos domésticos.
Nesse sentido, ele ressaltou que, à medida que o tráfego aéreo vem aumentando, observa-se que as linhas dos aeroportos se tornam um mecanismo de aglomeração, de modo que o benefício de Coronapp foi reduzido. Ao mesmo tempo, nos aeroportos é eliminada a opção de solicitar teste pcr para entrada no país.
Eventos em massa
Além disso, essa nova resolução também aborda a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Enquanto um município estiver acima de 85%, todas as medidas restritivas são mantidas, especialmente no que tem a ver com bares, casas noturnas, eventos e aglomerações", explicou o ministro.
Ele acrescentou que quando um município cai abaixo desse 85% da ocupação da UTI, são geradas possibilidades de abertura com capacidade ajustada ao andamento do Plano Nacional de Vacinação. "Uma cidade menor que esse percentual, pode começar com 25% de capacidade para eventos públicos abertos, mesmo em eventos fechados são geradas recomendações onde a distância mínima pode ser de um metro, o que aumenta a capacidade", disse ele, indicando que isso beneficia locais de culto, academias, etc.
Para tais cenários existem medidas especiais como o uso de máscaras, que é reforçada nas novas regulamentações, ventilação, lavagem e desinfecção das mãos, a nova distância mínima entre as pessoas e indicações de autocuidado.
Ruiz também ressaltou que no caso da partida da Seleção Colombiana de Futebol na próxima terça-feira, as condições são dadas para ter um público a partir de uma capacidade de 25%. "Barranquilla é uma cidade que já diminuiu na afetação", disse o ministro, acrescentando que o novo ato administrativo contempla o que é conhecido como índice de resiliência, ao qual ele indicou que "devido ao fato de que as cidades podem fazer fronteira com 85% da ocupação da UTI, o índice leva em conta a capacidade dos serviços de saúde no momento e a vacinação".
Ele disse que diante do exposto há cidades mais avançadas na pandemia, que já têm uma maior afetação, como Barranquilla, Letícia ou Montería. "Então, para evitar que o vai e vem dos 85% que podem ser dados, com o índice de resiliência você pode definir se uma cidade já tem um percentual estável de afetação ao longo do tempo que permite maior capacidade para frente", disse o ministro.
Um quarto pico
Com as novas medidas, Ruiz deixou claro que "isso não significa de forma alguma que a epidemia tenha acabado, estamos precisamente no momento mais difícil do terceiro pico e há uma grande probabilidade de termos um quarto ou quinto pico", alertou, observando que como há maior imunidade natural e que há progresso na vacinação, a mortalidade será significativamente reduzida.
Para o chefe do Ministério da Saúde, as manifestações sociais e as atuais aglomerações que estão sendo vistas no país serão acionadas para um eventual quarto pico. "As novas medidas buscam nos organizar um pouco mais e ter um protocolo geral de biossegurança que permita a reativação de atividades tão importantes quanto a educação", disse.
Nesse sentido, ele indicou que, uma vez alcançada a vacinação completa dos professores, todas as condições serão dadas para que haja um retorno presencial das aulas nas escolas. "Isso seria dado por volta de 15 de julho", disse Ruiz.
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