México. Um elemento fundamental no desenvolvimento e crescimento de data centers é e será a inteligência artificial, que exigirá condições específicas para a gestão da informação, uso de energia e resolução de conflitos específicos, disse Enrique Chávez, diretor de Energia Crítica e Infraestrutura Digital no México da Eaton.
"A inteligência artificial é transversal. É a gestão de muitos dados. Eles são sempre gerados e já temos bancos de dados muito grandes. É como essas informações são gerenciadas de forma adequada para que dê resultados que façam sentido. Muitas empresas já estão usando para ver tendências de mercado, como ter um melhor desempenho do ponto de vista logístico ou para fazer testes. Por exemplo, ensaios físicos destrutivos não precisam mais ser feitos, podem ser simulados de forma virtual por meio de inteligência artificial. Ter os resultados como se tivessem sido destruídos, o que leva a níveis mais elevados de eficiência e, ao mesmo tempo, menores custos de investimento. Acho que estamos nos passos iniciais", disse ele à AVI Latin America após a apresentação do Summit Data Center 2024, na Cidade do México.
O executivo da Eaton, empresa de gestão de energia diversificada, considerou que um dos aspectos determinantes para o uso da inteligência artificial será o uso de energia. "Vemos um crescimento muito grande do ponto de vista do consumo de energia. Precisamos continuar crescendo como sociedade por meio da implementação da inteligência artificial em áreas viáveis e, por outro lado, diminuir nosso consumo e ter menos impacto no meio ambiente, porque a inteligência artificial requer mais energia."
E mencionou que a empresa tem desenvolvimentos na área. "Há soluções que podemos ajudá-los a gerir através da interação de microrredes em que já integramos fontes renováveis, bem como reservas de energia. Poder apoiá-los como Eaton através da infraestrutura que eles já possuem, como outros equipamentos de backup de energia, e levá-los para o próximo nível, oferecendo o suporte de poder resolver uma situação de desligamento da rede elétrica, para que o equipamento continue operando sem falhas."
Sobre o crescimento do setor, Chávez disse: "O negócio de data center está aumentando, na América Latina obviamente os principais estão no México e no Brasil, mas também na Argentina, Chile e Colômbia. Há economias menores que também têm uma necessidade e vamos lembrar que há questões de segurança que têm a ver com os dados de informação que não podem sair dos países. Por isso, há a necessidade de criar data centers localmente, para que essas informações fiquem hospedadas e não vão para as grandes operadoras que estão no mundo."
Ele disse que isso está posicionando o México como um grande player no mercado: "A posição geográfica no México ajuda muito, estamos no centro da região, também se presta a um grande trânsito de informações, além da própria necessidade do México. Identificamos que existem áreas aqui no México, a principal delas é Querétaro, onde há investimentos muito grandes e crescimento em data centers, para prover serviços e infraestrutura disponível. Mas os polos da Cidade do México, Guadalajara e Monterrey também estão crescendo."
Texto escrito por Vlad Martínez para a AVI Latin America.
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