por: Maria Cecília Hernández
Ter um Disco Compacto em suas mãos numa época em que poucos conheciam tal invenção tecnológica, era como ter o futuro claro diante de seus olhos. O costarriquenho Gilberto Chaves, fundador e gerente da empresa de aluguel de áudio e vídeo, Avilco, se junta a nós nesta edição do AVI LATINOMÉRICA na seção Profissional do Mês, onde narra parte da história de sua vida como forma de inspirar as gerações futuras a acreditar que o impossível é alcançado quando o coração é atenção.
Nascer em um país acolhedor como a Costa Rica, especificamente em sua capital, San José, talvez seja a essência que dá uma energia vital a Gilberto Chaves, que aos 39 anos fez o que queria e, melhor ainda, se aproveitou disso.
A prova é que ele é atualmente dono de duas empresas conhecidas em seu país: a Masco S.A. que presta serviços audiovisuais especializados em redes hoteleiras e Avilco y Cía. S.A. Oferece os mesmos serviços, áudio e vídeo, e também complementa com o serviço de iluminação, para o mercado corporativo diferente dos hotéis.
Trabalho e hobby ao mesmo tempo
Esta história tem seu nascimento quando ele era apenas um adolescente. Seu caráter empreendedor é a característica a que ele atribui estar hoje no lugar que gosta. "Quase por acidente, em 1984, eu tinha na minha posse um teste compact disc, que pertencia à empresa Phillips, que são os criadores dessa tecnologia. Isso abriu um mundo de interesse no tema tecnologia digital, que na época era quase desconhecido", lembra Chaves.
O empresário lembra com grande entusiasmo como nos anos escolares ele se encontrou com mais três amigos e eles montaram seu primeiro negócio, "mais como um hobby, mas pensando em uma empresa", diz ele. O empreendimento consistia no que os jovens chamavam de "disco móvel com um ingrediente único e inovador: tocamos a música apenas a partir de discos compactos, imaginamos o preço e o que tínhamos que fazer para conseguir um CD!"
Durante seu tempo como estudante colegiado tudo o que o jovem fez apontou para uma única linha, da qual ele não deixou até hoje, seu passado, seu presente e o que ele espera de seu futuro são tão coerentes que é impossível não pensar que este era seu destino, inovação e liderança são preservados em sua essência. "Nos meus anos dourados de escola participei do clube científico, eu era um rádio amador e eu estava na banda musical, dessa forma meu gosto pela parte artística e musical foi vislumbrado", conta.
A visão não é improvisada
Com uma incrível visão tecnológica e empresarial, aproximando-se da década de 1990, Gilberto suspeitou, ou melhor, vislumbrar o impacto que a inovação e o desenvolvimento tecnológico teriam no cotidiano que ocorreria nos próximos anos e queria aproveitar essa onda para fazer um negócio do qual era dono. Ele preparou esse caminho com cuidado, estudando administração de empresas e atualmente está avançando seu mestrado em administração de empresas com ênfase em marketing e finanças.
"Minha vida como empreendedor e trabalhador nasceu com Compact Disc Movil, o único do gênero, que tocava em CD e com uma clareza incrível a música de discos de acetato. Isso representou um boom por ser novo, ter um diferencial e ser uma reprodução de excelente qualidade. Então comecei minha aventura com um norte que até hoje ainda está presente: proporcionar aos meus clientes o máximo de tecnologia e inovação possível nos serviços que oferecemos a eles. Estou convencido da inovação, pois através da pesquisa de mercado e da minha experiência pude reconhecer as demandas do público, que está ansioso para conhecer novas tecnologias diariamente", diz Chaves.
'Ser um pioneiro' não significa "ser o único"
No entanto, ser pioneiro na prestação de serviços inovadores que incluem tecnologias tem seus riscos. Em 1997, esse projeto aventureiro foi formalizado, nasceu Masco S.A. Como a primeira empresa da Costa Rica a prestar serviços de áudio e vídeo para a indústria hoteleira sob a modalidade de terceirização. Um ano depois não eram as únicas no mercado, as empresas que operavam com o mesmo sistema e os mesmos serviços estavam cotoveladas no panorama "arrebatando clientes e ocupando territórios". Atualmente, a Masco presta seus serviços a 80% do mercado hoteleiro.
"Essa situação competitiva foi para nós mais uma grande oportunidade do que um obstáculo. Isso nos fez aterrissar e repensar novas estratégias de negócios. Analisamos novos nichos de mercado e, assim, criamos uma empresa que cobria as três áreas mais sensíveis e representativas do mundo do entretenimento. Vídeo de áudio Iluminación y Cía. S.A. A proposta foi chamada, depois foi posicionada como Avilco S.A. Saímos com todo o ímpeto de trabalhar com um objetivo claro: ser a empresa líder de locação no mercado audiovisual corporativo em todo o país", diz o gestor.
Ao mesmo tempo, a Masco continuou seu caminho e ainda é válida hoje para seu nicho de mercado hoteleiro. Gilberto Chaves é o gerente das duas empresas, atividade que combina com sua vida familiar: "Tenho uma família maravilhosa, minha esposa se chama Constanza Soto com quem há mais de 14 anos sou casado. Temos dois filhos, Ernesto, 11, e Sofia, 8; eles são a minha razão para seguir em frente nesta caminhada de alegria e desafios.
Só há uma chance de acertar.
Ele é um fiel crente na educação como principal aliado do crescimento empresarial, por isso dedica uma parte importante do orçamento da empresa para a formação de seus colaboradores, pois também reconhece que é difícil para ele delegar funções devido ao seu perfeccionismo.
"Toda inovação tecnológica que incorporamos é acompanhada pelo crescimento do conhecimento de nossos colaboradores. Meu maior desafio é ter que delegar responsabilidade e autoridade para a gestão média, já que sou muito meticuloso e detalhado. No mercado audiovisual não há segundas chances, então as coisas devem ser bem feitas desde o início. No entanto, entendo que se a organização está bem alinhada com a estratégia, o caminho é mais liso."
A Costa Rica é claramente perfilado como um destino turístico para convenções e eventos. Portanto, as empresas que pertencem ao setor de áudio e vídeo têm desafios de vanguarda que merecem investimentos significativos, tanto em equipamentos humanos quanto técnicos.
Segundo Gilberto, a América Latina deve estar preparada para a era da sinalização digital e da tecnologia 3D, pois é a única forma de aproveitar a demanda por serviços que ele tem certeza que virá em breve, pois reconhece que grande parte dos concorrentes neste negócio são pessoas empíricas que oferecem preços baixos, sem garantir ou garantir sua própria rentabilidade e a qualidade do trabalho.
Deixe o coração responder
Quando questionado sobre a causa de sua paixão por esta indústria, Gilberto Chaves diz que simplesmente sente como a adrenalina percorre seu corpo a cada novo projeto e lembra com grande emoção um momento particular: "Definitivamente os passeios nos bastidores do Cirque du Soleil foram momentos memoráveis, eles me serviram radicalmente para saber que grandes coisas podem ser feitas e que na América Latina podemos alcançar níveis inimagináveis de profissionalismo".
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